22.8.07

rock alternativo

Ao escrever sobre o Superdrag no meu outro blog, Dominódromo, fiquei intrigado com o desaparecimento do rock alternativo.

Quem se lembra de ouvir ou falar de rock alternativo? O termo nem existe mais hoje em dia, e aquela sonoridade, tão peculiar e nichada aos nossos ouvidos de então, desapareceu.

Olhando para trás, com a percepção enviesada pela terminologia indie, tenderia a enquadrar superficialmente aquele bolo de bandas sob a alcunha de indie rock noventista. Mas a verdade era outra: muitas faziam parte de majors, com videoclipes na televisão, singles nas rádios e vendas consideráveis de discos. A MTV, por exemplo, dedicava 2 horas e meia diárias (!) ao rock alternativo com o Gás Total, noves fora o clássico Lado B.

A partir de 96, as majors desistiram do rock alternativo, mandando essas bandas embora após um ou dois discos, mesmo após gastarem milhões em seus contratos. Suas fichas foram destinadas a outros estilos, como o punk, o big beat e o new metal. Foi essa ação das gravadoras que induziu o público a cansar do gênero e interessar-se por outros "produtos" (uma estratégia deveras inteligente, similar à da Apple)? Ou as pessoas genuinamente cansaram-se do rock alternativo, forçando as gravadoras a partirem para um plano de contingência?

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