7.12.07

trava-língua - fernando I

Concordo que a língua deva ser inclusiva. Não suporto os códigos do Direito, de fato, jogados a esmo em qualquer frase para intimidar o público comum e valorizar o ofício do advogado. Mas não acho que ela deva ser ERRADA. Não são aqueles com conhecimento da língua que precisam errar de propósito - basta serem claros. Cabe a TODOS saber falar e escrever corretamente, para comunicar-se com precisão, interpretar e usufruir de qualquer conhecimento oral e escrito, e, claro, estar em condições parelhas com o restante do mercado profissional. E considero sua análise superficial porque a língua é só um símbolo de uma questão maior: o desdém pelo estudo e formação. Ter a possibilidade do estudo e escolher em não exercê-la é um absurdo; bradar a ausência de aprimoramento, conhecimento e informação como algum tipo de virtude é ridículo.

Por fim, gostaria de sugerir um exercício. Em duas realidades alternativas, o mesmo sujeito é presidente: em uma, ele possui formação superior em, sei lá, economia, direito ou sociologia; na outra, largou a escola no ginásio. Você acha que a competência deles seria rigorosamente equivalente?

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