Nossa, o Hélio Schwartsman transcreveu um discurso meu antigo, praticamente ipsis literis. Já devo ter falado algo na linha desse trecho abaixo umas 60 vezes (não, não é uma hipérbole).
Bom saber que não sou o único chato de plantão.
"Na maioria de seus discursos, Bento 16 se bate contra o relativismo e o ateísmo, que aponta como os maiores males a afligir o Ocidente. De novo, discrepo com veemência. Aliás, em minha santa ignorância, acho que um pouquinho de relativismo é fundamental para interpretar o mundo de forma coerente. Se apenas uma religião é a verdadeira, algo como 5/6 da humanidade está condenada à danação eterna. Faz sentido alguém perder direito ao jardim das delícias apenas porque nasceu em algum rincão do globo onde a "verdade verdadeira" ainda não chegou? Nenhum personagem de romance hebraico seria tão cruel. Acho mais razoável compreender todas os sistemas de crenças como manifestações diferentes de uma mesma predisposição humana, que pode ter base biológica (como acredito) ou divina (como crê a maioria). (Felizmente, não estamos aqui numa democracia, de modo que não preciso acatar a "decisão" do grupo majoritário)."
Aproveitem para ler a coluna inteira.
22.9.06
histórias da minha vida, nas palavras de outrem, vol. 1
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