9.11.07

mojica levado a sério

Na capa da Ilustrada de hoje, lê-se, em letras garrafais, "Mojica (levado a sério)". Em tom de finalmente: "Ah, finalmente, o trabalho do Mojica recebe a tão merecida atenção". Refere-se à mostra vindoura de seus filmes.

Balela.

Tudo o que leio dele, há muitos anos, possui esse mesmo tom de revelação e reverência. Sempre vejo-o tratado como gênio incompreendido, figura cult, astro no exterior. "Levado a sério" - enfim, pela primeira vez! - doze, treze vezes.

Cada autor de matérias como essa sente-se como o responsável por jogar uma nova luz sobre a obra de Mojica. Mas esta já estava iluminada, em projetos, jornais, revistas e sites, há tempos. Acho essa prática de um desrespeito ímpar. Por que não tratar uma mostra de seus filmes como um evento regular, ao invés de uma reparação por injustiças passadas? Por que jogá-lo nesse gueto de marginal, após tamanha exposição (e aceitação) na mídia mainstream? Fazia sentido no passado. Não mais.

1.11.07

rabo preso

"Uma semana antes da votação do relatório final da CPI do Apagão Aéreo no Senado, a TAM, um dos objetos da investigação, distribuiu 400 ingressos do espetáculo "Alegría", do Cirque du Soleil, a congressistas e autoridades em Brasília, entre eles o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, o presidente da CPI, Tião Viana (PT-AC) --hoje presidente interino do Senado--, e mais quatro integrantes da comissão.

Todos eles compareceram ao espetáculo, fechado pela TAM só para convidados --cerca de 1.600, entre eles clientes, jornalistas e beneficiários de entidades assistenciais. O evento ocorreu na noite de quarta-feira da semana passada."


Saiu na Folha. Leia a notícia, na íntegra, aqui.